Conheci Air Gear na mesma época que Eyeshield 21, nas minhas andanças pelas comunidades no Orkut que distribuíam animes através do finado videolog. Tinha apenas 25 episódios, jogo rápido. Devorei-o em pouco menos de uma semana. Eram patins motorizados que atingiam altas velocidades, sistema de gangues e um protagonista muito carismático. Simplesmente demais. Com o final aberto que foi deixado no 25º episódio, tinha que procurar o mangá.
Escrito e desenhado por Oh! Great! O mangá tem 357 capítulos divididos em 30 volumes. A história só crescia, crescia. Cresceu tanto que se perdeu. Surgiu robôs gigantes, torres gigantes, poderes gigantes, tudo se tornou imenso. A narrativa deixou de ser um battle shonen e começou a aprofundar de maneira desnecessária usando teorias de física duvidosas, frases filosóficas e poemas jogados entre os capítulos.
Sim, há várias lutas legais: Sora vs Spitfire; Ikki x Mikura; Kogarasumaru x Sleep Florest. Tudo isso acompanhado de desenhos extremamente maneiros do Oh Great!. Mas acaba aqui. Como já falei, a história sai dos trilhos e acaba caindo em um desfiladeiro, se choca no leito do rio e é atacado por vários hipopótamos enfurecidos marcando território.
Demonstração prática de marcação de território:
Se quiser mesmo ler, recomendo que se prepare por volta do capítulo 200, o ponto de descida.
Então é isso pessoal, esses poucos parágrafos foram uma tentativa de desabafo sobre Air Gear. Não odeio a obra, longe disso. Ele me proporcionou diversas páginas de diversão. Já deve fazer uns dois anos que o reli, mas ainda me incomodava bastante. Quem sabe um dia revisite os primeiros volumes para ter a nostalgia da época.
Senti a mesma coisa.